Com A falência, de 1901, Júlia Lopes de Almeida inaugura a integração de nossa literatura ao século XX. Ao dar esse passo na direção dos novos tempos, faz um balanço do que ocorrera até então. Como sugere o título, identifica resultados negativos: o Brasil libertara os escravizados, mas permanecia racista; as mulheres não alcançavam sua emancipação; persistiam a desigualdade social e a hipocrisia moral. Contudo, A falência não é um tratado de economia ou de sociologia, mas um romance muito bem armado. A partir da história de Francisco Teodoro e seus familiares, amigos, amantes e agregados, a autora ilumina e entrecruza suas respectivas trajetórias. Desse tecido bem articulado resulta uma narrativa ágil, que conquista o leitor, ao qual resta apenas a vontade de seguir em frente, para conhecer seus destinos. Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) teve atuação de relevo na ficção brasileira desde os primeiros anos da República até sua morte. A falência é seu quarto romance. Nele, expõe quadro impressionante da sociedade do período, evidenciando problemas econômicos, morais e étnicos ainda não resolvidos no Brasil da atualidade. Veja mais: Blog da Editora da Unicamp: Falência e liberdade no vestibular Unicamp a partir de 2020 Blog da Editora da Unicamp: Falência, emancipação feminina e racismo na República Velha
Código: |
139512 |
EAN: |
9788526814776 |
Peso (kg): |
0,420 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
2,00 |
Especificação |
Autor |
Júlia Lopes de Almeida |
Editora |
UNICAMP |
Ano Edição |
2019 |
Número Edição |
1 |