“Francesco Conte, de forma original e ousada, disseca o ‘mito da neutralidade axiológica do juiz’ e evidencia o modo pelo qual elementos como (i) a intuição, (ii) os sentimentos internos, (iii) a emoção, (iv)
a ideologia, (v) o padrão de recrutamento profissional,
(vi) a trajetória de vida e até mesmo (vii) o sentimento da
sociedade podem influenciar o processo de construção de
decisões judiciais.
Por certo, a densidade acadêmico-intelectual deste livro
é uma marca que impressionará o leitor. É que Francesco não se contenta em apenas apresentar evidências empíricas sobre o psiquismo (consciente e inconsciente) do
juiz ou refletir, por meio de abordagem instrumental e
interdisciplinar, a respeito dos impactos que essas constatações trazem para a teoria e a prática do Direito. Se
essas já seriam per si contribuições valiosas, adianto: o
autor vai além.”
Luiz Fux
“Não conheço, na literatura jurídica mundial, um autor
que tenha abordado o tema, de forma interdisciplinar,
com a profundidade e a completude que Conte imprimiu à sua obra, recheada de opulentas notas bibliográficas de praticamente todos os autores que examinaram
algum aspecto da arte de julgar.
O autor conseguiu esmiuçar o momento tão difícil e
apaixonante no qual o juiz forma o seu convencimento
e julga a causa.
Para tanto, a pena do jurista Francesco Conte percorre
um caminho inusitado, ao examinar o que se passa na
mente do juiz no ato de julgar em sentido estrito, com
as influências e conformações inerentes à sua própria dimensão humana.”
Paulo Cezar Pinheiro Carneiro