A participação direta dos cidadãos na gestão da vida urbana é o tema desse livro. Munícipio de Santo André, entre 1997 e 2001: o orçamento participativo é então um fato e é sobre ele que se debruça Dodi Leal, na perspectiva de examinar como se dá esse processo, de que maneira prioridades são estabelecidas, como conflitos são mediados, quais os caminhos que permitem a ampliação da escuta do outro e conduzem à instauração do debate a partir do sempre vulnerável convívio com a diferença. Como proceder para que a população se envolva efetivamente nessa esfera da gestão pública? A experiência acumulada no Rio de Janeiro com o chamado Teatro Legislativo, fundida aos princípios do mundialmente conhecido Teatro Oprimido, ambos formulados por Augusto Boal, levam à singular dinâmica implantada em Santo André, aqui analisada.