"Viver? Ora, nossos criados farão isso por nós." A frase do personagem de Villiers de L'Isle-Adam marca uma atitude comum em certa parte da intelectualidade da segunda metade do século XIX. Consolidada a burguesia no poder e, mais do que isso, o gosto burguês na sociedade, a reação de alguns escritores e artistas como Huysmans, L'Isle-Adam e outros é voltar as costas à mediocridade dominante no cotidiano. A vida é isto? Então, ao contrário: às avessas!Às avessas, inclusive, com o naturalismo e sua glorificação do homem médio. O que conta é o ser excepcional, o prazer insólito e insuspeitado, inalcançável pelo homem comum.Inaugurando na literatura um novo caminho que leva em linha direta ao romance experimental do século XX, Às avessas, de J.-K. Huysmans, é menos o manifesto de um certo esteticismo do que um grito de socorro frente à maré da banalidade dominante. Romântico? Sim. Mas talvez valha a pena redescobri-lo, já que a idéia de "gente como gente" não predominou apenas na segunda metade do século XIX.
Código: |
115057 |
EAN: |
9788585095123 |
Peso (kg): |
0,325 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,50 |
Especificação |
Autor |
J.-K. Huysmans |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Ano Edição |
1987 |
Número Edição |
1 |