A Igreja presenteou o mundo com dois novos modelos de santidade a serem seguidos: os pais de Teresa de Lisieux, que agora fazem oficialmente parte da inumerável família dos santos.
Espelho de caridade e de afeição indefectível a Deus, a correspondência de Zélia e Luís Martin tornou-se um tesouro precioso. As 218 cartas endereçadas por Zélia à sua família, domiciliada em Alençon, e as 16 cartas de Luís Martin apresentadas aqui testemunham as provações de uma certa modernidade que o casal e a família enfrentaram no tempo de Madame Bovary: casamento tardio, angústia pelo futuro dos filhos, preocupações econômicas, câncer de mama em Zélia, perda da memória em Luís.
A correspondência dos novos santos revela sobretudo o grande amor de um casal e a paixão de um pai e de uma mãe por seus filhos. “O bom Deus concedeu-me um pai e uma mãe mais dignos do céu que da terra”, escreverá Teresa de Lisieux.
A introdução, as notas e a apresentação do texto foram originalmente feitas por Guy Gaucher, bispo auxiliar de Bayeux e de Lisieux, e pelas irmãs do Carmelo de Lisieux.