O que se entende por identidade em discursos proferidos tanto por progressistas quanto por conservadores, contra o “identitarismo”? Neste livro, Táíwò oferece um panorama crítico da identidade como importante plataforma de lutas coletivas, recuperando seu potencial revolucionário.
Em Captura, o filósofo Olúf?´mi Táíwò discute como a experiência individual de opressão não é dotada de um sentido pedagógico, tampouco tem capacidade de incidência política e transformação social se não for pensada coletivamente. Comprometido em explorar a conexão entre política e identidade num contexto global, retoma visões de diferentes revolucionários e intelectuais que defenderam a atuação coletiva solidária como caminho necessário para transformar o mundo — como Amílcar Cabral, Carter G. Woodson, Lilica Boal, Paulo Freire e as feministas negras lésbicas do coletivo Combahee River.
A partir do seu olhar para o potencial disruptivo das políticas de identidade, Táíwò também evidencia como a elite – entendida como as grandes corporações e qualquer grupo com acesso desproporcional a recursos e poder – empreende uma das formas mais eficazes de captura e esvaziamento de seu sentido revolucionário: convertendo demandas materiais em reivindicações meramente simbólicas e incluindo sujeitos marginalizados em espaços cujas assimetrias de poder se mantêm as mesmas.
Com prefácio dos tradutores e pesquisadores Maria Fernanda Novo e Teófilo Reis, Captura é uma grande contribuição para o debate brasileiro, em que a expansão dos direitos de grupos minoritários e a maior disseminação de suas vozes não têm acontecido sem protestos e lamentos das elites brasileiras e, principalmente, sem uma tentativa constante de despolitização das identidades.
| Código: |
232108 |
| EAN: |
9786559792290 |
| Peso (kg): |
0,236 |
| Altura (cm): |
21,00 |
| Largura (cm): |
14,00 |
| Espessura (cm): |
1,10 |
| Especificação |
| Autor |
Olúf?´mi O. Táíwò |
| Editora |
CIA DAS LETRAS ZAHAR |
| Ano Edição |
2025 |
| Número Edição |
1 |