Gilles Lipovetsky aborda como o desejo de agradar e os comportamentos de sedução parecem ser atemporais. A hipermodernidade liberal marca uma importante ruptura nessa história milenar, na medida em que impõe a nossas sociedades a generalização do éthos de sedução e a supremacia de seus mecanismos.
As palavras de ordem não parecem ser mais coagir, ordenar, disciplinar, reprimir, mas sim “agradar e impressionar”. A ambição é de ora em diante uma das grandes leis, agindo em toda parte, na economia, nas mídias, na política, na educação.
A economia consumista está saturada com ofertas comerciais atrativas do cotidiano, e o cotidiano dominado pelo imperativo de captação dos desejos, da atenção e dos afetos. O modelo educativo elabora-se na compreensão, no prazer, na atenção relacional. Já na esfera política, o tempo não é mais o da convicção pela propaganda, mas o da sedução pela videocomunicação, completando a dinâmica de secularização da instância do poder. A sedução do mundo provocou a emergência de uma individualização hipertrofiada da relação com o outro – maneira extrema de agir sobre o comportamento dos homens e de governá-los, representação extrema do poder nas sociedades democráticas liberais.
Código: |
21880 |
EAN: |
9788520459294 |
Peso (kg): |
0,600 |
Altura (cm): |
15,50 |
Largura (cm): |
22,50 |
Espessura (cm): |
2,30 |
Especificação |
Autor |
Gilles Lipovetsky |
Editora |
EDITORA MANOLE |
Ano Edição |
2019 |
Número Edição |
1 |