Em “O que amamos, não esquecemos”, Thiago Nicolau de Araújo defende a tese de que o ser humano é o único ser que tem consciência de sua finitude. Esta consciência o leva a expressar sua identidade na relação com a própria finitude, sendo o cemitério um dos espaços privilegiados para esta expressão. No espaço cemiterial, através de simbologias ou ausência das mesmas, o ser humano revela sua percepção do post mortem. O cemitério é também expressão de preservação da memória, seja individual ou coletiva, da vida. Ao mesmo tempo, é forma de manifestação da identidade, condicionada à geografia, economia, política, cultura, religião. Neste sentido, a lida humana com a morte, em particular através do sepultamento e construção (ou não) de túmulos, é também expressão da preservação da identidade ou o seu “apagamento”. A partir desta fundamentação, o autor se lança ao empreendimento de analisar a reprodução de elementos culturais teutos em cemitérios no sul do Brasil pelas populações que imigraram no século XIX e seus descendentes, realizando um estudo comparativo com os cemitérios da Alemanha. Face aos condicionantes geográficos, materiais, políticos, culturais e sociais, através dos monumentos cemiteriais, a identidade é revitalizada, na tensão entre “reprodução-afastamento” da cultura originária. Wilhelm Wachholz
Código: |
189993 |
EAN: |
9789895173006 |
Peso (kg): |
0,100 |
Altura (cm): |
22,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,00 |
Especificação |
Autor |
Thiago Nicolau De Araujo |
Editora |
CHIADO EDITORA |
Ano Edição |
2016 |
Número Edição |
1 |