• Quem quer (pode) ser negro no Brasil?

Ao longo da primeira década deste século, a UFMG incentivou políticas de ações afirmativas para minimizar as desigualdades no acesso da população negra ao ensino superior. Em 2009, implementou a política de bônus, além de exigir uma autodeclaração racial. Porém, a partir de 2017, emergiram denúncias de fraudes, evidenciando uma incompatibilidade entre o modo como os candidatos se veem (autodeclaração) e o modo como os demais estudantes, de modo particular os negros, os enxergam (heteroidentificação).Como resultado desse movimento, a UFMG criou mecanismos complementares: os procedimentos de heteroidentificação racial; fundamentais no debate sobre as identidades raciais do brasileiro e do Brasil. Em um país onde se declarar, ou ser identificado como negro sempre foi visto como algo negativo, tal prática introduz duas perguntas inéditas: “Quem quer se declarar negro (preto ou pardo) no Brasil?” e “Quem pode se declarar negro (preto ou pardo) no Brasil?”

Código: 33265
EAN: 9786559280384
Peso (kg): 0,188
Altura (cm): 21,00
Largura (cm): 14,00
Espessura (cm): 0,60
Especificação
Autor Achille Mbembe
Editora AUTÊNTICA
Ano Edição 2020
Número Edição 1

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Quem quer (pode) ser negro no Brasil?

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