A psicanalista Betty Milan reinventou a tradição do consultório sentimental arraigada em nossa cultura. E criou uma nova educação moral, com dicas para as mais diversas — e atuais — situações. Assim como Nelson Rodrigues que, oculto sob o pseudônimo de Mirna, distribuía sabedoria emocional para leitoras e leitores, Betty opina sobre várias mudanças comportamentais na vida dos brasileiros — internet, metrossexualidade — numa espécie de aula amorosa, baseada na escuta.“Quando escutado, o drama do outro pode se tornar meu. Tiro dele ensinamentos preciosos. Recebi mais de um e-mail em que o leitor me dizia isso”, explica Betty. Em Quem ama escuta, ela instiga a reflexão sem preconceito sobre os dramas da vida, a busca por si mesmo. Segundo a autora, para sermos livres, precisamos decifrar os enigmas do inconsciente, analisar o passado para saber do presente e do futuro.Como em Fale com ela, Betty Milan responde às perguntas a ela endereçadas. Mas sem nunca subestimar a inteligência de seu leitor. “Não respondo à questão do consulente dando uma solução, porém indicando o caminho no qual esta pode ser encontrada. Faço isso através de uma análise rigorosa do texto enviado. Para dar a resposta, valorizo as palavras do consulente e a sua maneira de se expressar” argumenta.Quem ama escuta reúne as melhores colunas publicadas em no site da revista Veja. Afirma que, para sermos livres, precisamos decifrar os enigmas do inconsciente, analisar o passado para saber do presente e do futuro.