O livro de Eliane, ao nos mostrar outras vivências do ler e do escrever, nos ajuda a complexificar as relações entre mulheres negras e culturas do escrito, ao longo da história. Ajuda-nos, ainda, a compreender que, mesmo sendo mulheres pertencentes aos meios populares, as relações com a leitura e a escrita nem sempre estavam orientadas por usos pragmáticos, mas em muitos casos pela estética e pela fruição, o que também complexifica o que determinados trabalhos acadêmicos tendem a afirmar. [...]. O livro nos convida não apenas a complexificar o passado, mas nos fornece novas ferramentas para repensar o presente, quando muitas dessas mulheres continuam sem acesso à leitura, à escrita e à escolarização. O presente em que estamos mergulhadas(os) nos convoca a construir narrativas acerca dessas vidas, se quisermos transformar a pesquisa também em um ato de resistência. O conhecimento e a ciência podem e devem se transformar em lugares do resistir e do esperançar, para usar as palavras de Paulo Freire, talvez o primeiro autor brasileiro - quiçá, do mundo ocidental – que, a um só tempo, reconheceu o analfabeto como produtor de cultura e como um ser expropriado do direito de aprender a ler e a escrever. (Prefácio. Ana Maria de Oliveira Galvão/UFMG).
Código: |
77035 |
EAN: |
9786525121475 |
Peso (kg): |
0,390 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
1,10 |
Especificação |
Autor |
Eliane Peres |
Editora |
EDITORA CRV |
Ano Edição |
2021 |
Número Edição |
1 |