A existência, para nós, é um reflexo de nosso ser, ou de nossa estrutura corpóreo-mental, em constante ato de troca: Recebemos dela e sobre ela agimos, modificando-nos um ao outro, parte e todo. Nunca estaremos acima nem abaixo disso e muitas coisas jamais compreenderemos. Fica provado apenas que há sempre e sempre haverá mais coisas sobre o céu e a terra, como disse Shakespeare, do que suporá nossa vã ciência e filosofia. Porém, a grande questão habita em para que se há de ir em busca do conhecimento, para que se há deveras de empreender elucubrações e testes em busca do domínio sobre a criação, da compreensão final, da verdade. Pela estratégia primeva e essencial, perceptível em todas as coisas, em todos os seres e entes: A estratégia da existência, da permanência, – de maneira mais direta e grosseira: Da sobrevivência. Os seres vivem a serviço dessa verdade. Viver é a única coisa a todos salutar. E viver é o único sentido que podemos, inteligentemente, dar à vida.