Ensaios imprudentes
O ensaio breve é uma arte que exige graça e agilidade. Gustavo Nogy é, nele, uma espécie de ginasta olímpico. Tem de ser: não há texto neste livro que não dê volteios em torno da dificuldade que é viver aqui, neste mundo, neste país, nestes anos.
O autor ora desfere contra essa mania atual de endeusar os filhos, ora faz você se perguntar por que descer ao litoral no feriado – lentamente, a 20 km por hora no congestionamento – parece uma maneira eficaz de escapar de tudo, se tudo e todos estão indo junto com você. Em um texto, relembra os tapas na nuca que a mãe lhe dava quando ele chorava na escola, como Proust relembrava as suas madeleines – como um sabor inefável e insubstituível perdido no tempo. No texto seguinte, desconcerta com a comparação entre as revistas masculinas e as femininas, e a conclusão de que elas são um bocado parecidas.
Ao final, Gustavo se torna para o leitor um bom amigo. Que provoca, que diz as coisas como as coisas são, que às vezes até ultraja. Mas que nunca perde o humor nem a vontade de ouvir – e a de conversar, em boa prosa.
Código: |
8592 |
EAN: |
9788501110848 |
Peso (kg): |
0,310 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
1,50 |
Especificação |
Autor |
Gustavo Nogy |
Editora |
RECORD |
Ano Edição |
2017 |
Número Edição |
1 |