Há pouco mais de meio milênio, um vasto mosaico de povos indígenas ocupava, de forma plena, o extenso território que depois seria nomeado Brasil. Hoje, fração pequena dessa sociodiversidade sobrevive, em estado de alerta. A educação escolar indígena tem sido um dos lugares de batalha contra e a favor dos processos de revitalização e desaparecimento de toda essa riqueza.Nietta Lindenberg nos apresenta os bastidores da história de jovens indigenistas brasileiros, chamando-os de cronistas de viagem. Ela foca as atividades de documentação e reflexão sobre o trabalho de campo realizado por esses viajantes: a assessoria e a formação de indígenas como professores e agroflorestais, em especial no Acre e no sul do Amazonas.Debruçada, de forma cuidadosa, sobre alguns dos relatórios de viagem escritos por esses indivíduos, reproduzindo e analisando seus textos, narra as experiências vividas em campo pela voz de seus autores. Também o perfil e a trajetória desses assessores são expostos com detalhes, suas descobertas, ansiedades e proposições, assim como seus difíceis desafios. Movidos por grande emoção, novos ou velhos ideais e propondo práticas educacionais sob a batuta dos próprios povos indígenas, os cronistas sobem e descem rios e igarapés, atravessam em avionetas a região amazônica em visita às escolas da floresta. E, ao longo das suas viagens, levam-nos a conhecer uma proposta que marcaria a Experiência de Autoria na região: a possível interface entre educação, terra, meio ambiente, línguas, culturas e conhecimentos indígenas. Enfim, descobrem e valorizam línguas e povos com os quais passam a se solidarizar na formulação e na execução de práticas educacionais que vão se mostrando valiosas e repercutindo além do local.
| Código: |
33322 |
| EAN: |
9788575263051 |
| Peso (kg): |
0,526 |
| Altura (cm): |
22,50 |
| Largura (cm): |
20,00 |
| Espessura (cm): |
2,00 |
| Especificação |
| Autor |
Nietta Lindenberg Monte |
| Editora |
AUTÊNTICA |
| Ano Edição |
2008 |
| Número Edição |
1 |