Instigados pela discussão do trabalho com a execução das medidas em meio aberto relatados no primeiro livro dessa série: Diálogos com o campo das medidas socioeducativas, nos propomos a pensar, neste segundo livro, nos impasses e saídas encontrados pelos profissionais que atuam na execução das medidas restritivas de liberdade: a semi liberdade e a internação. Orientados pelos dispositivos legais, mas também pela escuta desses adolescentes os autores relatam como são desafiados diariamente a buscar estratégias para lidar com questões como a liberdade, as normas e diretrizes institucionais, a criminalidade, a adolescência, a responsabilização entre outros. A partir de impasses relatados pelos profissionais que trabalham na execução dessas medidas em Belo Horizonte, foi  possível tecer um diálogo comprometido com a construção da política pública voltada para os adolescentes que cumprem medida socioeducativa. Uma leitura que nos leva a compreender como, a partir do impasse, se faz possível a construção de novos laços com a vida. Nesses tempos em que a criminalidade toma a cena, os artigos que aqui temos cumprem uma função de ampliar o horizonte desvelando práticas e intervenções diversas àqueles que trabalham na execução dessas medidas.