O importante é o processo. A batalha pelo devido processo legal é mais importante do que o combate à corrupção; e o destino das “sociedades do contraditório” depende desta opção. É este o argumento subjacente ao presente trabalho. Um argumento impopular, importa reconhecer. Capaz de defraudar expectativas. Ora, esse é exatamente o ponto. Na procissão dos cadáveres adiados em que se tornou hoje o Estado de Direito e em que, depois de várias vezes declarados mortos, o capitalismo e o fascismo exibem a expressão normalizada a que os obriga a sua reconversão em senso comum, o que pode querer dizer expectativas sociais e normativas? E se a eleição do combate à corrupção como desígnio prioritário da praça pública e bandeira de um sentimento de rebelião contra o sistema político-jurídico, econômico e comunicacional correspondesse afinal a fazer o jogo do que supostamente se pretende contestar? Falta, como está bom de ver, repensar a eficácia dos tradicionais mecanismos da mudança e da oposição – diferença, repetição e negação; transição, ruptura e revolução; ato e evento. Falta – é a hipótese deste livro – fazer da própria processualidade uma categoria de oposição.?
Código: |
50585 |
EAN: |
9788522484522 |
Peso (kg): |
0,320 |
Altura (cm): |
24,00 |
Largura (cm): |
17,00 |
Espessura (cm): |
7,10 |
Especificação |
Autor |
Cunha Martins |
Editora |
ATLAS |
Ano Edição |
2013 |
Número Edição |
1 |