O empenho de Alejandro, recompensado pela excelência do que escreveu, decodifica em passant a intenção de Bauman (…) para apontar, com irrebatíveis argumentos, que o cidadão transgressor torna-se um delinquente-tumor (expressão nossa), que deve ser extirpado do seu habitat social, sem que o Estado assuma sua responsabilidade de dar-lhe um tratamento digno e, muito menos, tentar recuperá-lo. [...] A mais, o texto (...) aponta que, na esteira dessas consequências, a nova orientação no tratamento criminal, entendendo-se falsamente como forma de combater eficientemente a criminalidade, e cônsono com o pensamento neoliberal, reduzir os investimentos para enfrentar a perversa crise do sistema prisional, além de exibir a intenção de aumento do controle e repressão, não abandonam – ao contrário, incrementam – a preponderância das soluções meramente punitivistas. O texto é de uma riqueza ímpar na nova literatura penal e se me aparenta com uma forma de resistência – não romântica e imatura – mas, sim, presa a uma realidade que passa imperceptível aos que tem a responsabilidade de ver que a punição oficial, hoje, mais não é que a legitimação da barbárie (presente, obviamente, a realidade prisional brasileira). Do prefácio de Aramis Nassif Desembargador aposentado do TJRS
Código: |
187513 |
EAN: |
9789895224944 |
Peso (kg): |
0,200 |
Altura (cm): |
22,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
2,00 |
Especificação |
Autor |
Alejandro César Rayo Werlang |
Editora |
CHIADO EDITORA |
Ano Edição |
2018 |
Número Edição |
1 |