A população brasileira vem passando por um gradual processo de envelhecimento, dado o aumento da expectativa de vida do ser humano. Tal situação, como não poderia deixar de ser, se reflete no âmbito dos estabelecimentos prisionais. Se naturalmente o idoso já carece de cuidados especiais, que dirá o idoso em contexto prisional, ambiente notoriamente repleto de privações e dificuldades, como a superlotação e os baixíssimos padrões de salubridade. No que concerne aos idosos, a simples melhoria de tais condições ainda seria pouco, considerando o fato de que a estes ainda é devido um tratamento especial, dada a sua maior fragilidade física. Numa sociedade cujo principal pilar normativo é a dignidade da pessoa humana, fornecer tratamento digno a todos os presos, mas em especial aos idosos, deve ser prioridade. É necessário frisar que o modo como esta sociedade trata os mais vulneráveis é a principal métrica para aferição da concretização deste princípio. E, dentre os vulneráveis (em nosso país, os mais diversos e em grande quantidade), os idosos em contexto prisional, a despeito do crime que tenham cometido, destacam-se como categoria carecedora de grande atenção, razão pela qual serão os protagonistas do estudo apresentado na presente obra. O AUTOR, verão 2019