“O que impressiona é a própria dimensão dos fatos. Considerando os casos já julgados até aqui, o que nós vimos foi um caso de corrupção sistêmica, corrupção como uma espécie de regra do jogo. O que mais me chamou a atenção foi a naturalização da prática da corrupção. Empresários pagavam como uma prática habitual e agentes públicos recebiam como se fosse algo também natural. Isso foi bastante perturbador. Sem contar que, mesmo quando a Operação foi deflagrada e operadores foram presos, a corrupção continuou. Como se aqueles que estavam soltos se julgassem acima da Lei. Por isso, tenho dito: precisamos aplicar remédios amargos. A Justiça precisa ser efetiva para demonstrar que essa prática não é tolerada.” - Juiz Federal Sérgio Fernando Moro A declaração do principal responsável pela operação Lava Jato é o start para o livro de ficção “Delação Premiada”. O Brasil vive uma crise política e econômica como há muito tempo não se vê. O caos social assusta e deixa o povo com medo do futuro. Denúncias de corrupção explodem a todo instante. O pesadelo parece não ter fim. Só a Justiça pode equilibrar o país. Em “Delação Premiada”, o leitor acompanha a trajetória de Eugênio Taborda, vulgo O Abençoado. De simples contador de uma empreiteira de pequeno porte a principal operador de corrupção do país. Uma das obras que chocam a opinião pública é a construção um campo de pouso para discos voadores em plena selva amazônica. Com dinheiro público e muita propina. No meio do caminho da Organização Criminosa, surge um juiz estrategista e corajoso, que enfrenta, e leva a bizarra quadrilha para a cadeia. Personagens que habitam a imaginação popular são retratados sob um olhar inteligente, crítico, e bem humorado. Os diálogos preciosos divertem e fazem refletir.