A tradicional visão de que a morte resolve-se puramente em seus aspectos patrimoniais é, no mínimo, bastante superficial e ultrapassada, não traduzindo a sua realidade plural e contemporânea. Ela, em toda a sua complexidade, encontra sentido também em seus aspectos existenciais, que, por sua vez, representam o mais elevado grau de tutela jurídica da pessoa humana. Assim, pensada enquanto um fato ou um direito, apresenta-se como um aspecto importante para a delimitação de variadas questões nos âmbitos jurídico e social, possibilitando discussões que se atualizam cotidianamente. Por isso, o presente livro traz, sob um ponto de vista interdisciplinar, trabalhos que compactuam com um estudo voltado para a construção de um saber plural e humanizado, dando ao tema da terminalidade da vida uma perspectiva diferenciada, que não se atém apenas aos aspectos jurídicos, mas que também leva em conta perspectivas bioéticas, filosóficas e sociológicas.