As sociedades contemporâneas apresentam-se estritamente condicionadas a diferentes fatores regulatórios, oriundos de uma forma de controle e gerência governamental que Michel Foucault (1989) denominou de biopoder. Imarcescível à sua operacionalidade catalisam-se diversos conjuntos de relações/tecnologias de poder aptas a regular e “docilizar” as massas e investir na vida, em busca do desenvolvimento humano e do capital, adstritos ao paradigma do progresso, protagonizando neste cenário as relações disciplinares e a biopolítica. De modo paralelo, dado o avanço da globalização econômico-tecnológica, os espaços comunicacionais, imanentes a essas relações/tecnologias de poder, tendem a exercer, de modo específico, imponente papel frente a formação ideológica dos atores sociais, a partir de um foco expositivo direcionado às emergências dos ambientes urbanos. Notadamente, estes conjuntos regulatórios tendem a “descartar” as vidas “supérfluas” à sua objetividade, segregando-as a espaços marginalizados e esteticamente caracterizados pela exceção jurídica. Deste modo, a nova doxa punitiva que se instala no Brasil, assume a responsabilidade de gerir estes espaços constitutivos da “vida nua” e seu habitante, nominalmente caracterizado como homo sacer, oriundo da tese agambeniana (2002). Esta pesquisa objetiva investigar, nesse aspecto, como é construída a imagem do sujeito criminoso pelo discurso midiático e como a sua consequente seleção como inimigo, a ser combatido por um Estado Penal biopolítico expansivo (caracterizado pela adoção de modelos penais repressivo-punitivos gestados para atender a outras realidades sociais) repercute na efetivação dos direitos humanos no plano nacional.
Código: |
27283 |
EAN: |
9788544421703 |
Peso (kg): |
0,350 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
1,10 |
Especificação |
Autor |
Maiquel Ângelo Dezordi Aline Ferreira da Silva; Wermuth Diel |
Editora |
EDITORA CRV |
Número Edição |
1 |