Coexistem na França duas diferentes concepções dos direitos humanos. A primeira encontra suas origens na tradição cristã e se aproxima do humanismo grego, a segunda decorre da filosofia das Luzes. Centrado nas semelhanças e divergências dessas concepções, "Direitos humanos e liberdades públicas" apresenta desde o triunfo da filosofia dos direitos humanos no século XVII até sua atual fama difundida antes pelos homens políticos, pelas altas personalidades do mundo religioso, filosófico e científico do que pelos juristas. A primeira parte da obra se atém à natureza das liberdades públicas, que traduzem juridicamente uma filosofia dos direitos humanos em determinado país e num momento de sua história. A segunda trata do alcance das liberdades públicas da França contemporânea, com o objetivo de apresentar as liberdades individuais e coletivas das quais gozam os franceses. Finalmente, os limites das liberdades públicas na sociedade internacional e nas sociedades nacionais são apresentados na terceira parte, levando em consideração as noções de preservação da ordem pública, as contingências sociais, a necessidade de uma ética social, entre outras.