Este livro busca compreender mediante a perspectiva sócio histórica como foram configuradas e mobilizadas as práticas e as representações de moralização na escola pública paulista em um período marcado pela democratização das oportunidades de educação e que mudou as configurações da estrutura do ensino, que passou a receber professores das mais diversas origens sociais e formações profissionais e que trouxe a heterogeneidade para dentro da sala de aula, com o ingresso de uma clientela escolar distinta da que anteriormente frequentava os bancos escolares, o que repercutiu não apenas na configuração do espaço escolar como também no exercício do trabalho docente, alterando o modelo de escola que era mantido desde a época republicana. O termo “moralização” é entendido neste estudo como a moral que visa a ser praticada, e que é inculcada no comportamento das pessoas. As fontes escolhidas, os manuais de didática e metodologia do ensino, as revistas pedagógicas e a legislação vigente no período, permitiram conhecer melhor os discursos veiculados, as normas e a obrigatoriedade referentes às práticas e às condutas nas escolas assim como as orientações dadas aos professores sobre como deveria ser realizado o trabalho docente, visando a oferecer a formação considerada “adequada” aos alunos. Ao longo da pesquisa, foi possível perceber que as práticas de moralização eram diversas e a sua justificativa era fundamentada mediante variados discursos, que obedeciam a três eixos principais: psicológico, religioso e cívico. Portanto, as principais evidências indicam que, para que as representações acerca da ideia de “moral” fossem transformadas em práticas nas escolas, era necessário evocar um discurso que é legitimado pela ideia de autocontrole, de Deus e de nação.
Código: |
27340 |
EAN: |
9788544423622 |
Peso (kg): |
0,470 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
1,80 |
Especificação |
Autor |
Katiene Nogueira da Silva |
Editora |
EDITORA CRV |
Número Edição |
1 |