Com este "... E a porteira bateu!", Francisco Marins completa o projeto, de profundas revisões e alterações de conteúdo e forma em todos os volumes da quadrilogia O Homem e a Terra: Clarão da Serra, Grotão do café amarelo, ... E a porteira bateu, Atalhos sem fim, acrescida do volume de recontos O Curandeiro dos Olhos em Gaze (2a), publicados pelo selo Escrituras.
Nestes romances, Francisco Marins conta a saga de algumas gerações, no decurso de um século. Retratos de uma época, com seus dramas humanos, familiares, marcados por lutas, violências, ódios. Também por alegrias, amores felizes, desenganos – tudo a constituir os temperos, por vezes amargos, das narrativas que abrangem o suceder de várias gerações. Nunca, porém, aqueles se sobrepõem à verdadeira epopeia do desbravamento da terra; formação de povoados; vilas, freguesias, cidades, na antiga região que, ainda em épocas recentes (para a vida de um país), figurava nas cartas geográficas como “território desconhecido e habitado pelo indígena e desbravado pela cafeicultura – a maior lavoura do mundo”
.... E a porteira bateu! situa-se no início deste século, uma história que conta a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil - façanha de heroicos exploradores a vencerem florestas e rios, ao mesmo tempo, formando fazendas e povoados. Um retrato vivo da tragédia de Padre Claro, na região de Bauru e do Rio Feio e, ao final, o drama da grande geada de 1918, a mais drástica do século, que arrasou a maior lavoura de café do mundo, em uma noite e levou a desgraça aos lavradores e bancarrota para as finanças do país.
Em estilo inconfundível de narrador, a mesclar ficção, realidade humana e histórica, em linguagem correta, por vezes entremeada de termos e expressões regionais, de épocas diversas, o autor tornou-se, com esta série, um dos mais lidos e apreciados de nossa moderna literatura, sendo chamado de “escritor da juventude” e chegando à marca de 5 milhões de exemplares vendidos e tradução de sua obra em quinze idiomas.
“As numerosas reedições (desta série) confirmam a boa acolhida da obra (...) é a experiência mais convincente, dentro da ficção, e completa já realizada em nossa literatura, abrangendo um longo processo social, político, humano e econômico, de profundas raízes e de repercussões na própria história do país.” Péricles da Silva Pinheiro, da União Brasileira de Escritores (UBE)