A população mundial vive a complexidade em que as relações são líquidas e fugazes. A pandemia trouxe a certeza desta realidade de forma premente e assustadora, que põe em risco a própria vida. Ao mesmo tempo, tem trazido para as pessoas a percepção da interdependência, da necessidade do convívio pacífico e de empatia. Percebe-se então, a chegada de novos paradigmas, novas formas de ser, de conviver, de aprender e de fazer as coisas. Isto provoca novos conceitos e novos comportamentos. No que se refere à educação, já convivendo, anteriormente, com enormes desafios, a pandemia provoca o repensar outras pedagogias, outras didáticas, outros ambientes de aprendizagem, novo formato de diálogo entre alunos, professores e famílias. Neste momento histórico e crítico, a Escola está diante de contexto ampliado em apresentar ao aluno um mundo novo que ninguém ainda conhece, mas que precisa para isso, de ampliação da visão de prática social. Isto é, de criação de novos procedimentos que possam levar o aluno e o professor a aprender a vida, a realidade nas suas múltiplas dimensões, na integração com a complexidade do momento histórico, político e social, na busca de prática pedagógica diferenciada. O Brasil, como todos os outros países, foi tomado de surpresa com a Pandemia da Covid-19. Mas, antes disso, já se presenciava a desigualdade social, em função dos processos econômicos, políticos e culturais. A educação foi e continua sendo um dos maiores desafios e necessidade de busca de novas experiências, perspectivas e ações pedagógicas. Trazemos, neste livro, reflexões, como também relatos de experiências criativas e inovadoras de nossos professores, como também as questões emocionais, relacionais e práticas no que tange a manter a vida, a saúde, o aprendizado na sobrevivência durante o período crítico de Pandemia.