Os escritos que compõem a presente obra se ocupam em discorrer, analisar, discutir, debater e refletir sobre as questões que afetam as populações que habitam e trabalham no campo, que dizem respeito às condições de oferta, acesso e permanência na escola no local em que residem e em seu entorno, encontrando no processo de formação escolar a possibilidade de oportunidade de ingresso ao mercado de trabalho, quer no campo, ou na cidade. Dizem respeito, também, ao histórico processo de exploração da classe trabalhadora pela classe capitalista, sempre intensificado na medida em que se verifica o desenvolvimento técnico e científico, que resulta na construção de novas tecnologias e que, por sua vez, demanda formação profissional cada vez mais especializada, ao mesmo tempo em que desemprega enorme contingente de trabalhadores no campo e na cidade em decorrência da maquinização e tecnologização produtiva. Dizem respeito, ainda, ao processo de devastação do meio ambiente natural de seus recursos esgotáveis e, nessa direção, as discussões caminham em direção à prática da educação ambiental nas escolas do campo como possibilidade de conscientização, resistência e construção de uma cultura preservacionista orientada por uma fundamentação crítica e emancipatória, e, por mais utópica que possa parecer, como possibilidade de resguardar os mínimos recursos de nosso planeta para as gerações futuras.