A obra, derivada da tese de doutorado do autor, lança em questão o debate sobre o papel de políticas e de programas de educação não formal como mecanismos e ferramentas para a obtenção de padrões de desenvolvimento humano em diversos países do mundo. A influência de organismos internacionais nas decisões dos governos locais, e os padrões de gestão de sistemas com foco na qualidade de programas e de projetos desenvolvidos nos países possibilitam compreender que as dinâmicas exercidas pelos agentes externos são potencialmente direcionadoras dos caminhos educacionais de cada país. Partindo do princípio de que a democracia liberal figura, até o presente momento, como a melhor alternativa de sistema de governo, o autor percorre o caminho de compreensão do movimento da terceira via e de suas estruturas e possíveis relações com os princípios derivados das teorias do capital social e do capital humano. A educação não formal é apontada como processo educacional complementar aos sistemas oficiais de ensino, o que possibilita maior flexibilidade de suas estruturas a partir de dois contextos: o primeiro afeto às realidades locais de cada país, e o segundo aos interesses governamentais e de agências internacionais baseados no cenário econômico global.