Em tempos sombrios como os que estamos vivendo, marcado por sucessivas tentativas de anulação-extermínio da diferença com a imposição de políticas educacionais empresariais retrógradas e autoritárias, problematizar e fortalecer movimentos de resistência das instituições públicas e de seus praticantes tornou-se uma condição inegociável na pesquisa em Educação. A realização deste livro se deu como efeito dos encontros de diferentes velocidades e das composições que insurgiram com orientações de teses e de dissertações no PPGE-Ufes, sem maiores pretensões a não ser a de se instituir como linhas difusas de propagação dos fluxos do que se passou nas dobras dos encontros-composições e nas rachaduras do Eu-autor. Os escritos trazem rastros de campos problemáticos afetos ao Grupo de Pesquisa GRPEs/CNPq “Currículos, cotidianos, culturas e redes de conhecimentos”, em sua defesa da dimensão ético-estético-política para a escola pública, assumida em sua multiplicidade, inventividade e potência de luta pela democracia e por condições dignas de existência. Em tempos sombrios como os que estamos vivendo, marcado por sucessivas tentativas de anulação-extermínio da diferença com a imposição de políticas educacionais empresariais retrógradas e autoritárias, problematizar e fortalecer movimentos de resistência das instituições públicas e de seus praticantes tornou-se uma condição inegociável na pesquisa em Educação. Assim, cada capítulo se configura como tentativa de produção de discursos-práticas que valorizem os cotidianos escolares, reafirmando nosso otimismo na dimensão política das redes de saberes-fazeres neles tecidas e, por efeito, nos movimentos de rebeldia, subversão e inconformismo protagonizados coletivamente.