A educação está sempre presente de forma direta ou indireta na vida dos sujeitos, modificando-os em sua relação com o contexto social em que estão inseridos. A sociedade contemporânea tem exigido papéis sociais que se modificam constantemente, devido a sua própria dinâmica. Tem assumido, também, um discurso de respeito às idiossincrasias e de valorização das singularidades. Entretanto, percebe-se, ao longo da história, que nossa vida afetiva tem sido sistematicamente negligenciada em função do aspecto cognitivo, nos mais variados ambientes de interação. No contexto escolar, essa situação se anuncia em resultados não satisfatórios, decorrentes de uma cisão entre aspectos cognitivos e afetivos e o discurso dos adolescentes sobre a relação professor-aluno, deste modo, contraria a ordem instituída pela contemporaneidade, marcada pelo modelo de relações voláteis, onde a individualidade rouba o espaço da singularidade. Esse discurso traz as marcas de um sujeito que ainda necessita ser em grupo, sercomosoutros, por isso urge a necessidade de criarmos espaço para que o binômio cognitivo/afetivo seja reconhecido como fundamental no enlace entre professor e aluno, sujeitos que, além de sociais, são cognitivos e afetivos.