Concebida como o melhor trabalho comparativo arawak produzido nesses últimos 30 anos, esta Enciclopédia das línguas arawak apresenta e classifica as 56 línguas arawak, vivas ou extintas, de que temos registros linguísticos. Com esta publicação magnífica, um dos maiores especialistas em línguas indígenas da América do Sul contribui grandemente e renova os estudos sobre a família arawak. O objetivo desta enciclopédia não é simplesmente fornecer uma síntese dos estudos linguísticos anteriores, mas dar uma nova visão das línguas arawak e apresentar a suma dos trabalhos comparativos do autor sobre essas línguas. Portanto, esta investigação contém muitos dados novos. Uma nova classificação das línguas arawak em 12 subgrupos aparece como passo inicial e obrigatório. Esse passo é comparável aos primeiros passos da classificação da família indoeuropeia no século XIX (itálico, grego, germânico, etc.), na medida em que a intuição entra em jogo e nos dita o que deve aparecer junto. É somente depois desse primeiro esboço intuitivo que se deve argumentar com feixes de correspondências fônicas, lexicais e gramaticais. Por incrível que pareça, depois de dois séculos de estudos desorganizados, a linguística arawak ainda nem chegou a esses primeiros passos. O Volume III da Enciclopédia das línguas arawak trata dos outros subgrupos arawak. Os subgrupos Central, Médio Rio Negro e Alto Orinoco são apresentados nos capítulos 1 e 2. Com o subgrupo central, é quase todo o curso médio do rio Amazonas que agora se revela povoado por grupos arawak, quando os europeus chegaram lá no começo do século XVII. O estudo dos topônimos em wa?? “rio” permite delinear melhor a extensão do subgrupo central, do baixo rio Negro até a Guiana Inglesa. O capítulo 3 explora um subgrupo altamente diaspórico, o Subgrupo AmazonasAntilhas, que, em uma certa época, teria surgido na artéria central da Amazônia e efetuado uma extraordinária migração: para o rio Solimões (marawá, waraiku), para o rio Negro (wirina) e, do rio Negro e do rio Branco, para o litoral Atlântico (lokono, guajiro, paraujano) e para as Índias Ocidentais (iñeri, taino). O capítulo 4 é uma crítica do reagrupamento amueshachamicuro proposto por Payne (1991) e desenvolvido por Parker (1991). O autor mostra por que os argumentos lexicais e fonológicos apresentados até hoje não têm cabimento. O capítulo 5 descreve o Subgrupo Bolívia (mojeño, baure, paunaka, tereno) e nota pela primeira vez sua extraordinária coesão. A apresentação históricocomparativa dessas quatro línguas culmina num mapa de mais de 500 cognatos e numa descoberta de mudanças vocálicas em cadeia, mudanças muito complicadas que permitem reconstruir o sistema fônico do protobolívia. Terminase a descrição do subgrupo Bolívia pela exclusão de uma língua falsificada, o apolista. A história desta falsificação é um dos relatos “policiais” mais interessantes da história da linguística. Segue, no último capítulo do Volume III, a apresentação dos outros subgrupos.
Código: |
38545 |
EAN: |
9786525102344 |
Peso (kg): |
0,580 |
Altura (cm): |
28,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
1,50 |
Especificação |
Autor |
Henri Ramirez |
Editora |
EDITORA CRV |
Ano Edição |
2021 |
Número Edição |
1 |