A precariedade e a complexidade das prisões brasileiras atingem não somente os apenados, mas também as inúmeras famílias que estão inseridas no contexto, sofrendo as consequências de uma condenação secundária. A falta de um tratamento adequado, sem ferir a dignidade das pessoas em cumprimento de pena, sobrecarrega, em especial, inúmeras mulheres. As filas dos presídios são compostas, em sua maioria, pela presença feminina. Mulheres que de forma assídua enfrentam dias de chuva, sol, frio e calor com suas sacolas para tentarem manter a dignidade de seus familiares, preservar a vida deles e manter seus vínculos afetivos. Lutam contra preconceitos, estigmas, desigualdades e até violações de um sistema que ainda é estruturado pelo machismo, sexismo e patriarcado. Com a chegada da pandemia, houve o reforço das desigualdades e a incerteza do futuro. O desespero devido à falta de contato físico e notícias concretas foi o limite para o protagonismo dessas mulheres em prol de seus entes. Mesmo sobrecarregadas, ganharam voz e visibilidade e seguem lutando por isso. Este livro é um convite para conhecer a realidade vivida e ignorada por muitas pessoas, um chamado para a reflexão sobre como inúmeras pessoas mantêm seus relacionamentos afetivos dentro de um sistema opressor e limitador como a prisão.
Código: |
80990 |
EAN: |
9786525128573 |
Peso (kg): |
0,380 |
Altura (cm): |
16,00 |
Largura (cm): |
23,00 |
Espessura (cm): |
0,90 |
Especificação |
Autor |
Ana Carolina da Luz Proença |
Editora |
EDITORA CRV |
Ano Edição |
2022 |
Número Edição |
1 |