Depois das suas viagens ao Madagascar arcaico e ao mundo o Taiti, regido por misteriosos rituais de tatuagem, Barbieri encontrou agora o Paraíso, patente no seu novo livro de fotografias. Na visão que Barbieri nos apresenta das Seychelles não se reconhece que este grupo de ilhas deve o seu nome a um ministro das finanças de Luís XV, Monsieur Moreau de Séchelles, representante de um mundo que nas ilhas é esquecido de imediato. O único soberano existente neste mundo é o Sol, o qual com a ajuda de folhas de palmeira desenha padrões sobre a pele, ou o monção que sopra pelas amendoeiras e faz com que a areia baile por sobre a praia. É aqui que cresce - e não será somente por mero acaso - o coqueiro do mar, cujos frutos se assemelham ao monte de Vênus, enquanto que as inflorescências lembram falos. À noite, assim se conta nas ilhas, estas plantas fazem o que a sua forma promete, e o que, em princípio, está patente em cada uma das fotografias de Barbieri... Cada uma das páginas neste livro respira erotismo.