Fernando I foi um legislador atento às necessidades e às mudanças sociais, um promotor do desenvolvimento económico, nomeadamente da agricultura, do comércio marítimo e da construção naval, um zelador da justiça numa conjuntura social nacional e europeia nada fácil, a que se juntou o cisma da Igreja. Não obstante, o seu reinado seria um “calvário” de lutas internas e pessoais na reivindicação da sua legitimidade como soberano, de Leonor Teles como sua mulher e rainha, e de Beatriz como herdeira legítima do reino. O amor do rei pela fidalga fez dela uma rainha, mas não apagou a questão da suspeição de adultério com a consequente ilegitimidade do casamento real e da filha de ambos à sucessão. Os amores régios eram desculpáveis se de alcova, mas não se pedia ao rei que amasse a rainha. Fernando fez da mulher que amava rainha em vida e não uma amante real, como o pai ou o primo. Este monarca sofreria a maior contestação de que houve memória a qual terminaria na(s) tentativa(s) de envenenamento que o conduziriam a uma morte precoce. Os infantes Castro, o Pacheco e o Cunha seriam acusados de terem agido contra o interesse do reino e do rei. Mas estes viviam em Castela. Quem seriam os agentes dos conspiradores no reino e na corte? Fernando desejou ficar sepultado para sempre ao lado da mulher amada, mas o destino cedo os separou em vida e fá-lo-ia na morte. No coro alto da igreja do mosteiro de S. Francisco de Santarém, o túmulo de Leonor ficaria para sempre vazio ao lado do seu…
Código: |
187697 |
EAN: |
9789895104208 |
Peso (kg): |
0,500 |
Altura (cm): |
22,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
5,00 |
Especificação |
Autor |
Maria José Tavares |
Editora |
CHIADO EDITORA |
Ano Edição |
2013 |
Número Edição |
1 |