Ramiro nasceu no Funchal e vive em Braga. Após alguns episódios de incompetência profissional e pouca sanidade mental, é aposentado compulsivamente da universidade onde, a contragosto, ensinava (e fingia que investigava) sociologia. Já na meia-idade, finalmente pode fazer o que sonhava: ir para casa ler a grande literatura que tinha deixado para trás no exercício de uma profissão medíocre. Passa a dormir na sua biblioteca. Vive sozinho. A rotina dos dias resume-se a ler e a beber. Entra nos livros, sai do juízo. Cada circunstância da sua vida é chancelada com um romance, um poema, etc. Perambula pela casa citando de cor excertos vários, breves uns, mais longos outros. Das poucas vezes em que sai, fá-lo por impulso literário, provocando consequências desastrosas. Chega a confundir-se, e aos outros, com personagens lidas. Na sesta acontece-lhe o mesmo; fala com escritores ou heterónimos de escritores. Os quatro dias narrados no livro acompanham Ramiro na leitura do Quixote. Apaixona-se pela obra, mas é-lhe um desgosto que o fidalgo da Mancha tenha morrido na cama, lúcido e a renegar a literatura com a ameaça de deserdar a sobrinha. No último dia da história, Ramiro não morre, não fica lúcido (antes pelo contrário) e homenageia a literatura através do esboço de testamento que declara à família.
Código: |
189673 |
EAN: |
9789895191253 |
Peso (kg): |
0,100 |
Altura (cm): |
22,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,00 |
Especificação |
Autor |
A. Joaquim Costa |
Editora |
CHIADO EDITORA |
Ano Edição |
2017 |
Número Edição |
1 |