A zoofilia e a atrocidade ligadas à biografia na banda hispânica nos remetem a Borges e à sua História Universal da Infâmia, com personagens excessivos, afetados, com o demo no ombro. O excelente “O homem que se perdeu” passa pela oralidade de um Brasil profundo, orientado por um sertão literário expandido por Rosa, onde Wilson atravessa pactos fáusticos, engrandece, expande a leitura deste zoológico que não tem limites dentro de uma literatura nacional; aqui a zoofilia é uma paixão e as paixões movem, são uma questão de devir (a zoofilia em Quiroga, em Kafka, em Greenaway). Como em todas as coisas, ninguém sabe do que é capaz um corpo. A zoofilia pode oscilar entre aquele que escuta harmonias no canto dos pássaros e o bruto livre que mata e que massacra (uma besta qualquer). [...] Sabemos que a voz da besta pode ser o grito, a lágrima, o grunhido. Sabemos que incendiar uma casa pode servir para ver, que o câncer tem sua retórica que termina sempre no silêncio, que a vida é insuficiente e que a literatura também é.
Código: |
168847 |
EAN: |
9788576003311 |
Peso (kg): |
0,200 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
13,00 |
Espessura (cm): |
1,00 |
Especificação |
Autor |
Wilson Alves-Bezerra |
Editora |
EDUFSCAR |
Número Edição |
1 |