“Moisés Jacinto, com sete anos incompletos que tinha dois irmãos mais novos: uma rapariga de nome Maria Gabriela e um rapaz de nome Anacleto Romeu. Vieram ao mundo em condições semelhantes às do Moisés. Um filho de cada pai” (…) “— Esteve em Montreal? (…) — Então… oh, João Poeira! Será que eles, no avião, deixavam mesmo passar um garrafão de vinho branco? — Mas quem é que falou aqui em avião? — Disseste que foste numa excursão a Montreal, com certeza que não foste de bicicleta! (…) — Oh, João Poeira, peço-te que não te vás chatear comigo, mas só quero fazer apenas uma pergunta: como é que eles, lá, no Canadá, já conheciam a tua Ortelinda? (…) — Oh, meu chato dum cabrão: não é no Canadá, é ao pé de Leiria!!! “ (…) “antes de começar a passar a ferro a primeira nota de mil escudos, o que fez foi dar três cuspidelas no fundo do ferro para ver se o ferro não estaria quente demais. Pareceu-lhe não estar muito mau de temperatura e de seguida começou o ritual. A tia Alice, com um enxofrador de mão muito pequenino, no género daqueles de porem pó nas batatas para não ganharem grelos, muito ao de leve, pôs uma camadinha de pó de arroz perfumado no fundo do cofre, e o Fajardo de olhos arregalados e extasiado ia ver a primeira nota de um conto de réis, mil escudos, ser depositada no fundo do cofre, já marcada num cantinho muito disfarçadamente com o numero 1, de seguida a 2, 3, 4, 5, etc.”