Professora de literatura brasileira, premiada em duas edições do Jabuti, Vilma Arêas sempre surpreende pela diversidade e maturidade de seus livros. Trouxa frouxa poderia ser só um livro de contos, que às vezes se transformam em epigramas e outras vezes em dramas carregados de lirismo, mas não se limita a isso. Em uma obra dedicada aos próprios personagens, a autora destila sempre um fino humor e certa compaixão para escrever sobre jovens acuados, pessoas apaixonadas ou coronéis curiosamente polidos. Sua narrativa transita por muitas esferas da experiência vivida, sem querer nos advertir ou convencer de nada. Como num filme do diretor Robert Altman, são pequenos registros da vida alheia - impressionantemente precisos.