O movimento estruturalista atingiu seu ponto crucial quando Lévi-Strauss decidiu transpor o modelo linguístico criado por Saussure e aperfeiçoado por Jakobson para a etnologia, fundando assim a antropologia estrutural. Essa decisão provocou uma verdadeira revolução teórica e metodológica no seio das ciências humanas, e repercutiu profundamente na filosofia ao desencadear o famoso debate sobre “a questão do sujeito” que, por sua vez, animou a intelligentzia francesa nos anos 1960. Será que o estruturalismo, estudando a cultura como “um conjunto de sistemas simbólicos” produzidos inconscientemente pelo “espírito humano” ou, antes, pela “natureza humana”, provocou de fato a expulsão do sujeito dos fatos sociais e culturais? Defendemos, neste livro, a tese contrária. Em nosso entender, a filosofia estruturalista que nega a autonomia da consciência, ao considerá-la como uma espécie de reflexo das estruturas, projetou-se indevidamente sobre o método estrutural, o qual, como sustenta o próprio Lévi-Strauss, recorre necessariamente, em suas etapas compreensivas, à “experiência vivida do sujeito”.
| Código: |
103245 |
| EAN: |
9786555042733 |
| Peso (kg): |
0,483 |
| Altura (cm): |
21,00 |
| Largura (cm): |
14,00 |
| Espessura (cm): |
2,10 |
| Especificação |
| Autor |
Ricardo Jardim ANDRADE |
| Editora |
EDIÇÕES LOYOLA |
| Ano Edição |
2023 |
| Número Edição |
1 |