Este livro, apesar de estar marcado pelas promessas da década de 1980, pode nos dar meios para pensar os impasses que aquele período projeta, hoje, sobre nós. Dentre as contribuições importantes trazidas pela autora, existe aquela que explica o surgimento do novo sindicalismo, não como resultado inevitável das mudanças que ocorreram no processo de industrialização na década de 1970, mas como um fazer-se de uma nova classe operária. Fiel aos novos ventos que foram trazidos pela historiografia marxista inglesa que aportou no Brasil, também na década de 1970, a autora estuda em detalhes de que maneira os trabalhadores foram capazes de se organizar em sindicato e de que modo esse sindicato se tornou, simultaneamente, o porta-voz dos trabalhadores, por ter sido capaz de forjar uma imagem que se adequava às expectativas do operariado metalúrgico de São Bernardo. Livros como este que o leitor tem nas mãos têm o dom de nos despertar de uma certa letargia. Acorda-nos de uma fantasia de que somos apenas resultado passivo de forças históricas incontroláveis. (...) Era uma vez em São Bernardo é, hoje, mais do que nunca, um livro de história. Resgata-nos uma experiência que, estando no passado, abre perspectivas para pensarmos o nosso presente. (Do Prefácio, Edgar Salvadori de Decca).Kátia Rodrigues Paranhos é doutora em História Social pela Unicamp e autora de vários textos.
Código: |
139922 |
EAN: |
9788526809307 |
Peso (kg): |
0,330 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,50 |
Especificação |
Autor |
Kátia Rodrigues Paranhos |
Editora |
UNICAMP |
Ano Edição |
2011 |
Número Edição |
2 |