(...) - Um castelo para a princesa criminosa... - brincou um dos policiais antes de partir, exibindo um sorriso malicioso. (...) A princesa era uma jovem brasileira, presa pela polícia belga como se uma verdadeira criminosa fosse, e deportada ao Brasil por ter cometido o nefasto crime de trabalhar ilegalmente, como garçonete, em um café na cidade de Bruxelas. Inicialmente encarcerada na cela de uma verdadeira prisão, e depois levada a um Centro de Detenção, em Bruges, cidade do interior da Bélgica, desde o momento em que fora algemada, condenada, nunca a expressão “au noir” fizera tanto sentido... O Centro de Detenção em Bruges parecia realmente um castelo abandonado, mas o lado “au noir”, ou seja, ao negro dessa deportação, que não foi mesmo um conto de fadas, não havia ainda terminado. As algemas continuariam...