A soberania representativa é um conceito esvaziado porque apresenta frágeis soluções teóricas quando aplicadas aos aspectos da realidade. Este livro tem por objetivo a compreensão do diagnóstico de Giorgio Agamben a respeito da soberania, percorrendo a centralidade da teoria do poder soberano do pensamento de Carl Schmitt e o deslocamento do problema em Michel Foucault. Agamben é um intelectual de árido percurso filosófico e a soberania para ele, antes de tudo, é uma questão da potencialidade de não ser. A sua aproximação da realidade se dá pela fórmula preferiria não, na qual ele vislumbra uma possibilidade de destruição da relação entre querer e poder, entre poder constituinte e poder constituído. E tal destruição, de fato, é essencial para Agamben porque o seu conceito de soberania considera uma categoria jurídica não só esvaziada de representação, mas, sobretudo, originária de uma catástrofe biopolítica sem precedentes. O nó estabelecido pela soberania desata-se por uma nova forma-de-vida, o que significa absoluta profanação de uma potência da vida sobre a qual nem a soberania, nem o direito podem ter mais controle. Ainda assim, a autora extrai do direito uma proposta de autonomia ontológica ? uma nova perspectiva de poder ? para a soberania popular.
Código: |
21426 |
EAN: |
9788578682255 |
Peso (kg): |
0,425 |
Altura (cm): |
22,50 |
Largura (cm): |
15,50 |
Espessura (cm): |
1,60 |
Especificação |
Autor |
Flavia urso |
Editora |
MINHA EDITORA |
Ano Edição |
2015 |
Número Edição |
1 |