Se o drama que marca o fim da vida atinge a todos, como trajetória a ser perfilada de modo inexorável, ele converte-se em tragédia quando experimentado pelos velhos que construíram sua carreira nos estreitos limites ditados pela condição de subalternidade a que se encontra sujeita parcela nem um pouco desprezível das classes trabalhadoras. O que representam as receitas de longevidade? O que quer dizer soltar o corpo, fazer ginástica, cultivar o espírito e a identidade pessoal, entregar--se aos prazeres planejados a doses homeopáticas? É justamente por suspeitar da universalidade abstrata que subjaz à ideologia da velhice, nesta sociedade, que Eneida G. de M. Haddad investe seu esforço crítico para deslindar os móveis que se ocultam por detrás do sistema de representações criado sobre a etapa final da vida humana. A ideologia da velhice constitui leitura necessária a todos aqueles que, como a autora, suspeitam das campanhas moralizatórias contra a velhice desamparada, dos paliativos ministrados por um certo tipo de discurso médico, da boa vontade dos humanistas.
| Código: |
138313 |
| EAN: |
9788524925115 |
| Peso (kg): |
0,320 |
| Altura (cm): |
23,00 |
| Largura (cm): |
16,00 |
| Espessura (cm): |
1,30 |
| Especificação |
| Autor |
Eneida G. de Macedo Haddad |
| Editora |
CORTEZ |
| Ano Edição |
2017 |
| Número Edição |
1 |