• Dizem que sou louco

Dizem que os considerados “loucos” abrem caminho para os considerados “sãos”, e foi justamente o que fez Damião Ximenes; sua morte gerou a primeira condenação do Brasil na Corte Internacional Interamericana de Direitos Humanos. Foi um marco na pressão que o país sofreu para revisar sua forma de lidar com a saúde mental. Este livro, fruto da tese de doutoramento de Rita Monteiro, procura avançar sobre a trajetória da vida e da condenação à morte de Damião Ximenes. Um trabalho que evidencia dramas familiares e pessoais que marcam a história de Damião, mas, também, faz uma instigante reflexão acerca das políticas públicas (ou ausência delas) na exclusão de corpos e na segregação social dos chamados “loucos”. Sobral, cidade encravada no interior do Ceará, aparece como palco dessa trama e revela um universo de improvisos e um sistema manicomial em ruínas – uma amostra do Brasil. A autora apoia sua escrita e sua análise num caleidoscópio de discursos evidenciados em entrevistas, em artigos de jornais, bilhetes, portarias e relatórios. Rita Maria nos mostra que a vida de Damião Ximenes não foi em vão, menos ainda foi sua morte; Damião Ximenes abriu caminho para a possibilidade de uma sociedade menos excludente. Este livro abre caminho para enxergarmos as entranhas de um país, abre caminho para nos aproximarmos de tantos “Damiões” e problematizarmos as ações do Estado no cumprimento de suas obrigações para aqueles que ousam ser diferentes... que ousam abrir caminhos. Ao leitor, recomendo essa caminhada. Antonio Otaviano Vieira Junior Professor da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará

Código: 28952
EAN: 9788544426333
Peso (kg): 0,380
Altura (cm): 23,00
Largura (cm): 16,00
Espessura (cm): 1,30
Especificação
Autor Rita Maria Paiva Monteiro
Editora EDITORA CRV
Número Edição 1

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Dizem que sou louco

  • Disponibilidade: Esgotado
  • R$88,92