Todas as autoras e autores deste livro inserem-se nas políticas públicas, ainda que não sejam trabalhadores públicos. O ponto em comum entre essas pensadoras e pensadores é o engajamento político, pautado a partir da militância em direitos humanos nas diversas áreas e campos de intervenção. Desta feita, este livro, por si só, constitui-se um espaço de defesa e luta pela diversidade, visto que afirma a diferença como direito humano e possibilidade de criação do novo, de potência, de vidas outras que não sejam pautadas em relações de poder que buscam a dominação e domesticação do outro. A formação de muitos dos autores do livro, atravessada intensamente pela filosofia da diferença e estudos da subjetividade contribui para um olhar que contempla a diversidade nas políticas públicas em sua cotidianidade. O contexto político atual é muito desafiador e, por esse motivo, nos convoca ainda mais a lutar pela aceitação das diferenças de gênero, social, política e religiosa, ou seja, incentivando o respeito entre pessoas que não são e não devem ser iguais, mas buscam conviver de maneira ética, valorizando a diferença do outro, uma vez que a compreende como produção cultural que acontece na história, não como sinônimo de desigualdade, a qual precisa ser enfrentada e superada.