A obra trata do processo de institucionalização das pessoas acometidas de transtorno mental. São relatos de histórias de vidas de pacientes em uma instituição pública da região norte do país que se encontram morando a mais de um ano em uma ala psiquiátrica de um hospital geral. Demonstra o significado que se produz em usuários da saúde mental referente à condição de estar institucionalizado em um hospital, a partir de sua história de vida. A relevância desta pesquisa se pauta na necessidade de explicar a contradição entre a inclusão social e a segregação, que comporta a privação total dos direitos políticos, sociais e civis reconhecidos ao resto da população. Atua para lembrar que embora exista uma lei que ampara essas pessoas, elas ainda continuam confinadas em hospitais em internações prolongadas, demonstrando os motivos históricos, políticos-econômicos e socioculturais num contexto no qual a pessoa fica isolada da sociedade , onde é decretada sua morte civil, em um lugar em que o tempo parece estagnado. Outro fator relevante é demonstrar a forma encontrada pela sociedade de lidar com aquelas pessoas fora da norma instituída, então utilizando -se a segregação como maneira encontrada para resolver o “problema”.