As contradições existentes entre os grupos populacionais na sociedade brasileira se desenvolveram de maneira nitidamente diferente dos fenômenos europeus nestes últimos 500 anos. Devido ao fato de a história da nossa colonização ter sido produzida sob a forma de escravismo criminoso, existindo a particularidade de o grupo trabalhador e subalterno ser constituído fundamentalmente por africanos e afrodescendentes e o grupo dirigente e escravizador ser constituído de forma majoritária por europeus e seus descendentes. Formou-se um conflito de base opondo africanos escravizados e europeus escravizadores criminosos; conflito que, ao longo da história, apresenta muitas nuances, sendo contudo produto de uma estrutura particular de relações sociais que persiste até o presente, com modificações pouco significativas. Devemos alertar que o mundo presenciou diversas formas de racismos contra diversos grupos na sociedade e tem como fonte finalidades e construções diversas, que embora sinalizadas na mesma palavra, não têm, contudo, as mesmas características, amplitudes e consequências no âmbito das sociedades. Estamos falando, portanto, do caso específico do racismo brasileiro, no qual as populações negras são controladas historicamente pelas populações brancas através de um conjunto de práticas sociais. São controles sociais, políticos e ideológicos que utilizam de diversas formas ações, combinando da imposição de coação física à de morais e ideológicas. As coações físicas estão ligadas às segregações espaciais de habitação, aos meios de violência policial, às deturpações sobre os corpos negros. Henrique Cunha Junior - Professor Titular da UFC
Código: |
28387 |
EAN: |
9788544414781 |
Peso (kg): |
0,390 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
1,10 |
Especificação |
Autor |
Alexsandra Flávia Bezerra de Oliveira |
Editora |
EDITORA CRV |
Número Edição |
1 |