Nascer no Nordeste Brasileiro é trazer na própria história de vida a história de um território marcado por signos que foram ao longo dos séculos perpetuados como naturais. Signos que são venerados ao ponto de serem classificados como algo da esfera do sagrado e por tanto não passíveis de questionamentos, sendo transformados muitas vezes em dogmas. Esse dogma perpassa aspectos subjetivos e objetivos das relações estabelecidas entre os sujeitos. Assim, se determina ainda na infância, que rosa é uma cor feminina, portanto dotada de singeleza e docilidade e o azul é a cor que representa a masculinidade, sendo símbolo de virilidade e força. Esses elementos foram e são tão arraigados pela cultura patriarcal, que mesmo antes do nascimento, são impostas ás crianças. Tais “verdades” continuam sendo perpetuadas pela escola por meio das cores dos desenhos dos meninos e das meninas. O machismo, tão bem fomentado pelo patriarcado e toda estrutura sociocultural que o sustenta, naturalizou de tal forma a desigualdade dos gêneros, tornando a/normal, i/moral e in/concebível toda e qualquer expressão humana que fugisse aos padrões sociais estabelecidos, que tinha por base o modelo eurocêntrico. Dessa maneira, padronizou-se o modelo humano ideal, “natural”, como sendo: o macho, branco, rico, heterossexual. Fora desses padrões o que existe são meras sombras do que viria a ser o ser humano, denominado como os “outros”.
Código: |
25200 |
EAN: |
9788544408568 |
Peso (kg): |
0,310 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
0,90 |
Especificação |
Autor |
Pedro Paulo Souza Rios |
Editora |
EDITORA CRV |
Número Edição |
1 |