Nas últimas décadas, o tema da formação de professores esteve sempre presente no debate nacional, seja no campo acadêmico, seja no campo político. No contexto das entidades e associações do campo educacional, em eventos cientí¬ficos e no contexto da elaboração dos Planos de Educação, tanto do PNE (2014-2024) quanto dos Planos Estaduais e Municipais. A formação de professores tem sido considerada ponto fundamental para resolver grande parte dos problemas educacionais e sociais. Trata-se de um tema complexo, estratégico e em disputa, seja por interesses de governos em operacionalizar reformas econômicas, políticas e sociais mediante reformas educacionais, seja pelo poder que professores bem formados têm no enfrentamento das desigualdades e na emancipação dos sujeitos/atores das escolas públicas brasileiras. O tratamento que historicamente o Brasil reservou ao tema resultou em inúmeros problemas e desafi¬os: numa percepção enviesada da importância do professor, na baixa valorização, na carência de professores bem formados, na ausência políticas de formação, ou na presença de políticas descontínuas e desconectas de formação docente. Mesmo que desde a década de 1990 o país venha desenvolvendo estudos, pesquisas e dispositivos legais para o enfrentamento desses problemas, pesquisas, estudos e o Censo do Ensino Superior têm revelado que o cenário permanece desa¬fiador. Nesse contexto, convidamos o leitor para um olhar mais atento para o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid/MEC/CAPES), o cotidiano das experiências e vivências em cada projeto e em cada escola-campo, de modo que, possamos ampliar o horizonte das reflexões sobre as contribuições desse Programa para o enfrentamento dos desa¬fios da formação de professores no Brasil. O livro “INICIAÇÃO, FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DOCENTE: Experiências do Pibid Pedagogia da UFT Tocantinópolis” é um auxílio nesse processo.