Esta obra perscruta currículos de licenciaturas em Geografia e aponta as suas tendências discursivas acerca do professor de Geografia por eles idealizados. Seu horizonte analítico indica que tais currículos são atravessados pelos princípios cosmopolitas contemporâneos de constituição do sujeito que, constituído por múltiplas montagens e conexões, é pretendido como sujeito global sem perder de vista sua conexão com o lugar. Indica as dimensões da resolução de problemas, da colaboração nas comunidades de aprendizagem, das aprendizagens ao longo da vida e da constituição de mentalidades sem domicílio nas comunidades locais como ideias-força destes discursos curriculares e usa dos elementos constituintes destas dimensões para defender o argumento de que os processos de formação de professores de Geografia produzem suas racionalidades por meio de mesclas discursivas concebidas na interação entre Geografia e Educação; Formação profissional e formação pessoal; Pedagogia e Didática; Formação docente e formação técnica; formação na universidade e na escola básica e formação do geógrafo-técnico, do geógrafo-professor e do geógrafo-empreendedor, produzindo, assim, docências híbridas e cosmopolitas.