A obra apresenta pesquisa que teve como objetivo estudar a construção de consciência histórica em alunos do ensino básico, a partir do encontro/confronto, em sala de aula, dos diferentes saberes oriundos do senso comum e da ciência da História, por meio da análise das representações sociais constituídas por seus sujeitos: alunos e professores. Desenvolvida no Mestrado em Educação na Universidade de São Paulo (2003-2006), e orientada pela Profa. Katia Maria Abud, a pesquisa utilizou metodologia de inspiração etnográfica, somada a outros instrumentais qualitativos, junto a estudantes e professores do ensino fundamental e do médio, de escolas públicas situadas na periferia da Cidade de São Paulo, possibilitando a interpretação das configurações sociais da comunidade escolar à luz da teoria das representações sociais de Serge Moscovici, e do conceito de consciência histórica de Jörn Rüsen. Baseado nesse repertório teórico e empírico, a obra buscou compreender a influência da dupla dimensão do cotidiano (local e global) na construção das representações sociais dos alunos, bem como sua transformação (ou reprodução) após a atuação do ensino de História no espaço escolar, com vistas à consecução (ou não) de consciência histórica na vida prática. Por fim, a partir da análise do confronto de representações sociais de alunos e de professores, oriundas da apreensão de um conceito substantivo (“Revolução”) trabalhado nas aulas de História, propõe a socialização e a discussão dessas diferentes representações no espaço escolar como possibilidade de formação de consciência histórica e de maior aproximação do estudo da História da vida prática dos alunos.